sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

A Química do amor

Ao longo dos tempos, o amor tem sido cantado por poetas, pintado por artistas, celebrado por pessoas. Há quem jure a pés juntos que, recorrendo a um “preparado especial” (um «elixir do amor»), qualquer homem se pode tornar irresistível, despertando nas mulheres à sua volta uma incontrolável atração. Ficção científica? Banha da cobra? Ou em vez da flecha e do arco, Cupido usa armas químicas?
A ideia de um «elixir do amor» percorre o imaginário ocidental. Por isso, quando se coloca a hipótese científica de os humanos serem influenciados inconscientemente por uma espécie de perfume secreto, a curiosidade popular não resiste. Repare-se na “receita” da bebida que selou o amor entre Tristão e Isolda – continha testículos de um galo branco de dois anos, flores de mandrágora, trufas, tomilho e cominhos…
Também as essências mais clássicas andaram sempre de mãos dadas com as histórias de amor. «Vinha-lhe até por ela uma indefinida repulsão física: devia ser intolerável toda uma noite o seu cheiro exagerado de verbena», escreveu Eça de Queirós, descrevendo as meditações de Carlos sobre Gouvarinho, no livro “Os Maias”.
Aquilo a que se chama «química do amor» ultrapassa os cinco sentidos de que temos consciência. O amor surpreende-nos quando menos esperamos (e, às vezes, com quem menos se espera). Também os cientistas se debruçaram sobre este grande mistério da vida – a atração entre duas pessoas – e foi na atuação das feromonas, sinais químicos que permitem a membros da mesma espécie comunicarem à distância, que encontrou a chave que permite abrir algumas portas. E, já agora, corações.
No entanto, por muito que se aprofundem os estudos sobre os cinco (ou seis?) sentidos, a descrição total dos sentimentos que juntam duas pessoas permanece difícil de concretizar. Defende Clara Pinto Correia: «Nós, os cientistas, podemos falar da cascata química que é o orgasmo, podemos descrever os sensores do cheiro, do tato, do paladar... Podemos descrever toda a artilharia química, mas a ciência não pode responder totalmente à pergunta `porque é que nos apaixonamos?'».
Poderá a Química ajudar-nos a perceber os mecanismos envolvidos? Nesta palestra, iremos abordar quais os principais compostos que atuam nas diferentes fases do amor (a paixão, o enamoramento, o casamento, o porquê da fidelidade ou da (tristemente) famosa crise dos sete anos (no casamento), serão assuntos aqui abordados. Veremos ainda do porquê se poder falar “do amor à primeira vista”, mas também de alguns distúrbios relacionados com este sentimento. E porque não abordar algumas equações matemáticas que procuraram estudar a durabilidade de uma relação?
Filipe Monteiro


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A Química do Amor: palestra dirigida aos alunos das turmas A, B, C e I do 10º ano.








Quiz criado no Kahoot pelo Docente Rui Carvalho, Professor na Escola Pintor José de Brito, em Santa Marta de Portuzelo, Viana do Castelo:







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